quinta-feira, 1 de março de 2012

Saúde e Igualdade Racial assinam acordo contra o racismo na rede pública de saúde

Por Vilhena Soares
Foi assinado ontem pelo ministro da saúde, Alexandre Padilha e a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luíza Barros, um acordo para o combate ao racismo na rede pública de saúde. O acordo prevê diversas ações para agilizar a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no Sistema Único de Saúde (SUS). A assinatura aconteceu em uma data importante, o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra.
O acordo foi assinado em uma reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reuniu representantes das esferas de governo federal, estadual e municipal, na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Brasília.
Segundo estimativa do Ministério da Saúde 51% da população brasileira é constituída por pessoas negras ou pardas, e essa parcela da população equivale a 70% dos atendimentos no SUS. “Também chama a atenção o fato que as taxas de mortalidade infantil e materna sejam maiores entre a população negra”, explica o ministro Alexandre Padilha.
De acordo com a ministra da Seppir, Luiza Bairros, “um dos pontos importantes desse acordo é que o Ministério da Saúde assume o compromisso de enfrentar o racismo institucional”. Para Luíza a população negra precisa de mais atenção às suas necessidades.
Uma das metas do ministério até 2014 é implantar, em todos os estados, o teste do pezinho para a identificação precoce da Anemia Falciforme. A mediada beneficiará principalmente a população negra. Anualmente, três mil crianças nascem com doença falciforme no Brasil. Por ano, cerca de 2,5 milhões de recém-nascidos têm acesso ao exame que detecta a doença pelo SUS. No país há 16,2 mil postos de coleta para teste do pezinho e 33 serviços de referência.
Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra
Comemorado em 27 de outubro, o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra foi tema de ações em todo o Brasil. Foram rodas de conversa, seminários, caminhadas, encontros e atividades culturais. A programação da data tem o objetivo de sensibilizar a sociedade brasileira, e pedir atenção às autoridades para que assegurem a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
Neste ano, participaram das atividades São Paulo, Porto Alegre, Passo Fundo (RS), Bagé (RS), Caraguatatuba (SP), Campinas (SP), Araraquara (SP), Salvador e Teresina, entre outras cidades. As realizações resultaram de parcerias entre movimentos sociais e gestores municipais e estaduais. A programação da Mobilização segue até o dia 20 de novembro, data em que se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra.
Com informações do site: Combate ao Racismo Ambiental

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