quinta-feira, 21 de março de 2013

Sobre É verdade que os ‘macumbeiros’ fazem sacrifício humano? Reflexão de um Pai de Santo



É verdade que os ‘macumbeiros’ fazem sacrifício humano?
Toda religião se vê como a  fonte da verdade e se fecha para os demais elementos que constroem a história coletiva da humanidade. Quem acredita em uma verdade absoluta sempre vai acreditar que o que não o reflete o ameaça. Numa reedição cotidiana do mito de Narciso. Narciso acha feio o que não é espelho assim como muitos de nós achamos que o que não é prescrito por aquilo (ou aqueles) que professamos é fruto do mal.
Além disso, algumas religiões tornam a conversão como parte da missão religiosa. Para ser um bom religioso, você precisa trazer para o seu credo todos os desencaminhados que transitam pelo “caminho do mal”. Para muitos a religião é uma disputa, por isso há tantas guerras em nome de um Deus que deve até se envergonhar de ver seu nome usado como argumento legitimador da violência material, verbal ou psicológica.
Durante todo decorrer de minha vida religiosa mergulhei em vastos estudos sobre as diversas formas de manifestação da fé. Fundamentado em anos de estudos e práticas posso dizer com segurança que desconheço a necessidade e a presença do sacrifício humano dentro das religiões de matrizes africanas.
No entanto, encontrei relatos de sacrifício humano em culturas europeias como a dos Vikings.
Diante de tantos assassinatos, supostos “pactos”, presença de objetos macabros no qual eram atribuídos como de autoria de adeptos das religiões de matrizes africanas, percebo que na verdade exista a junção da dissimulação, alienação e ainda o reforço do preconceito diante da religiões oriundas da Africa.
Nos países ocidentais a figura do mal tem cor, latitude e longitude. O mal (segundo o imaginário racista) reside na África.
Desde minha iniciação até os dias atuais o único culto extinto e que não foi trazido pelos negros que foram escravizados, seria do Orixá Intôtô, que era praticado pelos negros nas terras de Savalu e Mahi (proximidade de Daomé) onde eram depositados em um buraco profundo os corpos dos mortos, pois este Orixá seria encarregado da decomposição dos corpos.(Intôtô assume outros nomes como Onilê e Aizan).
Enfim para piorar a situação , agregaram a figura cristã do Diabo-Capeta ao Candomblé, sendo que é uma figura não cultuada no Candomblé.
Eu poderia citar dentro da história Mundial inúmeras situações desde orgias santas até massacres (conceituados divinos), mas é a principal característica dos fracos a postura de defender-se atacando.
Reflexão: O mal reside no ódio. Não nas religiões de matrizes africanas…
AXÉ, PAZ e LUZ a Todos!

Piauí é o terceiro estado onde as mulheres mais sofrem violência doméstica


Pesquisa mostra que do total de mulheres agredidas no PI, 59% são violentadas em relações familiares



O Piauí é o terceiro estado do País onde as mulheres mais são agredidas no ambiente familiar. Do total de mulheres agredidas no estado, 59% foram violentadas no âmbito de suas relações domésticas. Os dados fazem parte de um levantamento de informações sobre a atuação do Poder Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha, nos seus cinco primeiros anos de vigência, feito pelo Conselho Nacional de Justiça.
pesquisa mostra que do total de mulheres agredidas 41,61% são violentadas em relações familiares, onde o sujeito da agressão foi o cônjuge, o ex-cônjuge ou algum parente. O Piauí só fica atrás de Sergipe com 78,26% das mulheres agredidas nesse tipo de relação e Tocantins com 66,64%. Rondônia e Acre aparecem em quarto lugar ficam com 58% cada.
O levantamento do CNJ foi feito por intermédio da Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania e do Departamento de Pesquisas Judiciárias. A pesquisa tomou como base o Mapa da Violência (2012) e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Foram analisados dados quantitativos sobre número de homicídios e índice de agressões, observando-se o recorte geográfico e temporal, bem como o tipo de relação do autor com a mulher em situação de violência.
O relatório mostra ainda a demanda judicial nos primeiros cinco anos de Lei Maria da Penha. Foi possível conhecer o número acumulado de procedimentos desde a promulgação da Lei até o final de 2011 a partir dos dados coletados junto aos Tribunais de Justiça brasileiros. Os dados foram requeridos no início de 2012 e analisados no decorrer do ano.
A pesquisa tinha como objetivo também, avaliar a adesão dos Tribunais à Recomendação 09/2007, que propõe a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher nas capitais e no interior dos estados brasileiros, dentre outras medidas destinadas à garantia dos direitos humanos das mulheres no âmbito de suas relações domésticas e familiares; e conhecer o quantitativo de procedimentos, assim como o número de juízes e servidores disponíveis para processá-los.
Segundo o relatório, a violência contra a mulher é significativamente expressiva no Brasil, mesmo após a criação da Lei Maria da Penha. O país ocupa a 7º posição mundial em números homicídios de mulheres. No Brasil ocorrem 4,6 mortes para cada 100 mil mulheres. O Espírito Santo apresenta a taxa mais alta, com 9,8 homicídios a cada 100 mil mulheres de acordo com o Mapa da Violência de 2012.
Fonte: Portal o dia.com

Instituto da Mulher Negra contra todo tipo de discriminação


Menina de 12 anos agredida por ser negra - Até quando nossos filhos vão está sujeitos a esse tipo de discriminação?


Quatro meninas, duas delas encapuzadas, são apontadas por agressão.
GDF lançou nesta quarta número de telefone para denúncias de racismo.
Por: Raquel Morais
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A empregada doméstica Márcia Pereira do Nascimento afirmou que nunca foi tão difícil sair de casa para trabalhar quanto nesta quarta-feira (20). A filha dela de 12 anos foi espancada perto de uma parada de ônibus da avenida Potiguar, no Recanto das Emas, no Distrito Federal, há dois dias. Quatro desconhecidas socaram, arranharam e chutaram a garota por ela ser negra, diz a mãe.
As agressões ocorreram pela manhã, no trajeto para a escola. Acostumada a ir sozinha, a adolescente contou ter se confundido e pegado o coletivo errado. Ela desceu na terceira parada da via para trocar de ônibus, mas antes foi abordada pelas garotas, duas delas encapuzadas.
"As meninas disseram que não aceitavam negras no beco delas. Minha filha falou que tudo bem, que já estava indo embora, mas elas responderam que, como ela estava lá, ela teria que pagar pelo que fez", afirma Márcia.
Enquanto as duas jovens encapuzadas a imobilizavam, as outras ofenderam a garota e a atingiram nos braços, pernas e barriga. A adolescente disse não ter ideia do tempo que passou sendo agredida e que escolheu não reagir por medo de que elas fossem ainda mais violentas. Tudo o que a menina queria era sair dali.
O caso foi registrado na delegacia da região na noite de segunda. A Polícia Civil informou que não vai se pronunciar a respeito até que as agressoras sejam identificadas. Na terça, a garota passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) para confirmar as lesões. Depois, ainda mancando e reclamando de fortes dores, foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
"É muito ruim mesmo, uma dor que nem tem como descrever, você ver um filho passando por isso. Ela só chora", diz. "Ela veio me perguntar se eu a amo de verdade, do jeito que ela é. E eu a amo e a amaria sempre, mesmo se não tivesse as duas pernas."
Márcia afirmou que toda a família ficou horrorizada com o que aconteceu. Ela foi dispensada do trabalho na segunda e na terça para cuidar da filha, que também não foi à aula nesses dias. A adolescente voltou ao colégio nesta quarta para fazer uma prova de matemática.
Ganhando um salário mínimo por mês para sustentar os três filhos e um neto, Márcia disse que teme pelo equilíbrio emocional da garota. "Não tenho condição de pagar um psicólogo, porque tem dias que a gente não tem nem o que comer. Ela ficou muito abalada e ainda mais reservada. Ela nunca vai se recuperar."
Nesta quarta, o governo do Distrito Federal lançou o disque racismo. Por meio do 156, a população vai poder denunciar agressões a negros, indígenas, ciganos e quilombolas.
Futuro
Muito assustada com o que aconteceu, a adolescente pediu à mãe para morar com a avó, em Samambaia. A garota disse que quer continuar estudando, mas que sente medo de frequentar o colégio atual.
"Queremos transferi-la para a escola que é perto da casa da minha mãe, que aí ela vai se sentir mais segura e eu vou ficar mais tranquila. Mas depois disso que aconteceu, quero é sair com todo mundo daqui", diz Márcia.
Fã de língua portuguesa, a menina disse que quer terminar os estudos e se tornar policial. O sonho dela, afirmou, é proteger as pessoas de agressões.
Outro caso
A mãe de um menino de 8 anos registrou boletim de ocorrência no final de fevereiro alegando que o filho sofreu preconceito racial dentro da escola, no Núcleo Bandeirante. Uma colega de turma teria dito ao garoto que ele nunca arrumaria namorada por ser "preto, sujo, feio e fedido".
A coordenação do colégio afirmou ter conhecimento sobre o caso e disse não tolerar nenhum tipo de preconceito. O caso foi encaminhado para o Conselho Tutelar. Dados da Secretaria de Segurança Pública apontaram 31 registros de injúria racial em 2012 no DF.


Fonte: G1

'Existe uma mentalidade racista ainda muito aprofundada no nosso país'


Douglas Belchior, ativista do movimento negro, fala sobre as fotos racistas tiradas durante o trote aos calouros de Direito da UFMG
Por Felipe Rousselet
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durante o trote aos calouros do curso de Direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) causaram uma imensa repercussão negativa nas redes sociais.
Uma das fotografias exibe uma caloura caracterizada como uma negra acorrentada a um jovem branco, com uma placa com os dizeres “Caloura Chica da Silva”; e a outra mostra um calouro amarrado a uma pilastra enquanto quadro rapazes posam fazendo uma saudação nazista.
De acordo com a vice-reitora da UFMG, Rocksane de Carvalho Norton, a universidade tomou conhecimento das fotos e irá punir os responsáveis pelas mesmas. “A direção da Faculdade de Direito vai iniciar um processo de apuração dos fatos e ficar responsável pela aplicação das penalidades que sejam cabíveis ao caso”, disse em entrevista ao portal G1.
A reportagem da revista Fórum ouviu o ativista do movimento negro e membro da Uneafro (União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora), Douglas Belchior, que falou sobre o trote da UFMG, abordando o racismo no Brasil, a política de cotas e a eleição do deputado Marco Feliciano (PSC) para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Como você avalia as polêmicas fotos tiradas durante o trote do curso de direito da UFMG?
Douglas Belchior - Apesar dos avanços que a gente tem, eles são pequenos diante do desafio do combate ao racismo, porque a sociedade brasileira é racista. Existe uma mentalidade racista ainda muito aprofundada no nosso país.
Com esse tipo de ação, a cada ano, a cada trote, percebemos um outro momento de exposição desse sentimento. Se, por exemplo, em programas matutinos, em programas de comédia, cotidianamente a gente tem a exposição da figura negra fazendo papel de ridículo, ou sendo menosprezada, ou sendo objeto de chacota e motivo de risos, imagina o que acontece em espaços mais conservadores como esse.
Na verdade, é mais uma demonstração do quanto a gente precisa combater o racismo enquanto mentalidade e enquanto valores na nossa sociedade. E não é só por meio de políticas públicas, que são importantes, mas fundamentalmente com a eleição desse tema como algo prioritário para a formação de um novo homem e de uma nova mulher.
Precisamos trabalhar isso na mentalidade. Afinal, foram 388 anos de escravidão e mais 125 anos em que o povo negro tem sua cidadania negada e continua no mesmo espaço social que sempre viveu desde o início da história oficial do Brasil. Existe uma permanência e esse tipo de episódio revela isso.
Algumas pessoas que se manifestaram sobre as fotos nas redes sociais afirmaram que se tratava de uma brincadeira e que não seria um ato de racismo. Como você analisa este tipo de afirmação?
Douglas Belchior - É uma outra característica do racismo brasileiro, que é o viés da graça, da risada, o viés do engraçado. Não só em relação ao racismo, mas com um carácter de chacota, uma dimensão das opressões que vivemos no Brasil. A formulação de piadas racistas, de termos, de situações, a reprodução disso nos espaços da cultura popular, da comédia.
Não só em relação aos negros, mas também em relação à mulher, que continua sendo tida como aquela que “nasceu para trabalhar na cozinha” ou “precisa contar só até seis, porque não existe fogão de sete bocas”. Ou ainda o uso do elemento da homofobia como objeto para riso. É um subterfúgio, uma forma de diminuir o impacto da opressão, colocar como uma brincadeira, algo menor. Como se fosse parte da nossa cultura menosprezar essa população.
Isso reafirma o racismo. A cultura brasileira se criou de maneira a negar o racismo que é explícito nas relações cordeais e nessas relações do riso, da graça.
Esse foi o primeiro ano em que a UFMG adotou o sistema de cotas no seu vestibular, reservando 13,62% das vagas para cotistas.  Você acredita que a ampliação da política de cotas evitaria que episódios como este se repitam?
Douglas Belchior - Não me recordo agora qual a população de negros no estado de Minas Gerais, mas desconfio que seja maior que esses 13,62% que você está me falando. A reivindicação que o movimento negro faz em relação às cotas é a reserva de vagas proporcional ao percentual da presença negra no estado. Não há dúvidas de que se o sistema de cotas garantisse maior oportunidade motivaria mas negros a fazê-lo.
Aquele velho debate: cotas é apenas uma política reformista, compensatória, ou tem um papel histórico no processo. Nós achamos que as cotas têm um papel histórico no processo de tomada de consciência, no processo de combate ao racismo, da mentalidade racial brasileira.
Veja só, um negro dentro desta universidade [UFMG], garante uma reação negativa a este tipo de acontecimento. A presença negra pode gerar uma reação diferente de quando não existe um negro ali, uma reação diferente daquela provocada entre os que são solidários. Não tenho dúvida nenhuma que o sistema de cotas, colocando os negros em espaços sociais onde ele nunca esteve, aumenta nossa chance de reação e exposição desse tipo de situação.
Você tem vários exemplos de que negros, quando estudam e chegam a ser doutores, advogados, médicos, suportam muito menos a opressão racial e denunciam mais. O sistema de cotas, portanto, é um propulsor de denúncias contra o racismo.
É disso que a gente precisa. O Brasil precisa deixar de ser o país do racismo velado e passar a ser o país, ao menos, do racismo reconhecido. É só reconhecendo a doença que nós podemos tratá-la. E cotas é um passo neste sentido.
Quais outras medidas poderiam evitar tais manifestações racistas?
Douglas Belchior - Existe uma medida muito importante, fundamental, a lei 10639/03, de 2003, que fez dez anos agora. As políticas reparatórias de compensação são importantes, mas existem políticas estruturantes, que mexem com a mentalidade a médio e longo prazo.
Você imagina que o garoto que está naquela foto não deve ter mais que 20 anos, pelo menos essa foi a minha impressão. Portanto, há dez anos ele estava no ensino fundamental. Imagina se este menino, desde os 10 anos de idade, tivesse sido atendido por uma política educacional que promovesse a diversidade, que ensinasse os valores do povo negro, a sua cultura, e a importância disso tudo para a formação do Brasil, com certeza a sua mentalidade seria diferente do que é hoje.
Se a escola valorizasse a diversidade e aplicasse a lei 10639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da história da África, dos africanos, da sua cultura, e da sua importância para a formação do país. Certamente, esse menino teria outra postura na sociedade. Portanto, a lei 10.639/03 possui uma papel fundamental na estrutura, na estruturação das relações sociais no Brasil.
Coincidentemente, essa lei avançou nos últimos dez anos, mesmo período em que as políticas de cotas avançaram, apesar de todo barulho. A gente avalia que o sistema de cotas é o “mal menor” que a burguesia vê. A lei 10639/03, que estrutura a educação em uma leitura que valoriza a diversidade, com certeza traz muito mais prejuízos aos racistas e à burguesia brasileira.
Como estamos falando de violações de direitos humanos, neste caso o racismo, como o movimento negro avalia a eleição do deputado Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados?
Douglas Belchior - A gente percebe um avanço e algumas vitórias dos movimentos sociais, dos movimentos de luta pelos direitos das mulheres e contra o racismo nestes últimos anos. Houve algum avanço no sentido de leis, por mais que não sejam aplicadas como gostaríamos e ainda não gerem os resultados que esperamos, mas são avanços importantes que provocam uma reação muito raivosa, muito poderosa. Isso tem de ser considerado. À medida que temos mais espaços para gritar e exigir nossos direitos, também a reação dos racistas, dos homofóbicos e machistas tendem a ganhar força
A eleição do Feliciano é, sem dúvida nenhuma, um sinal desse avanço dos setores conservadores, ocupando esses espaços e visando que novos avanços aconteçam. Com certeza isso tem de ser considerado, mas é também um recuo das forças progressistas, no caso, o PT e o PC do B, que abriram mão deste espaço. Abdicaram com a leitura de que setores da economia, ou do agronegócio, seriam mais estratégicos do que esse.
Sem dúvida nenhuma essa eleição é uma reação à luta dos movimentos por parte dos conservadores e, por outro lado, a nossa representação progressista tem recuado. Não existe desculpa para o PT e o PC do B terem aberto mão deste espaço. Não existe lugar vazio na política e os caras ocuparam este espaço.


Acusado de racismo, maquiador de Ronaldo Fraga se desculpa


Desfile da coleção do estilista colocou modelos com palha de aço na cabeça, como se fossem cabelos de pessoas negras. Maquiador Marcos Costa lamentou confusão

São Paulo – O que era para ser uma homenagem ao povo negro em um desfile de moda se transformou em polêmica, com direito a acusação de racismo, nas redes sociais. A coleção criada por Ronaldo Fraga, mostrada no segundo dia da São Paulo Fashion Week, levou modelos (brancas e negras) ornadas com palha de aço na cabeça, em uma representação do que é comumente chamado de cabelo “ruim” ou “cabelo Bom Bril”.
estilista e o maquiador Marcos Costa, que tiveram a ideia, desejavam mostrar que os fios crespos não precisam ser alisados para serem bonitos. Mas a interpretação de muita gente não foi essa. Tanto que, diante das críticas, Costa se manifestou em sua página no Facebook. “Nunca foi minha intenção ou de Ronaldo Fraga ofender ou discriminar quem quer que seja. A ideia para o look do desfile era ressaltar a beleza de cabelos que podem ser moldados como esculturas, não importando o fato de serem crespos”, afirmou.
Ele disse ainda que, em sua carreira, nunca mostrou ser preconceituoso. Ao contrário, fez diversos ensaios com modelos afrodescendentes. A página feminista “Moça, você é machista” na rede social foi uma das que se voltaram contra a produção. Em um post, foi dito que, em vez de usar Bom Bril, eles deveriam ter colocado modelos negras com “seus lindos cabelos”.
Além disso, as responsáveis pela página declararam que “colocar palha de aço na cabeça de um monte de mulher é humilhação. O cabelo afro não é problema pra muita gente, mas para muitas outras pessoas ainda é! É uma questão de identidade muito forte”.
Apesar das acusações, a equipe do desfile também teve defensores. Um deles foi o atorAlexandre Nero, que, em seu perfil no Twitter, afirmou “agora o gado acusa Ronaldo Fraga de racismo. Por causa de palha de aço eles ignoram o passado e a obra do cara. Ah, para que eu quero descer”.
Leia abaixo o pedido de desculpas de Marcos Costa na íntegra.
“Nunca foi minha intenção ou de Ronaldo Fraga ofender ou discriminar quem quer que seja. A ideia para o look do desfile era ressaltar a beleza de cabelos que podem ser moldados como esculturas, não importando o fato de serem crespos. Depois de testarmos alguns materiais, o Ronaldo Fraga sugeriu a palha de aço. Foi também uma forma de subverter um preconceito enraizado na cultura brasileira. Por que o negro tem de alisar seus fios? Eles são lindos!
Quem acompanha minha carreira, mesmo que seja apenas aqui pelo blog, pode se lembrar de vários ensaios com belíssimas mulheres negras – sejam modelos, famosas ou anônimas. Inclusive no meu livro "Eu Amo Maquiagem" (2006), são modelos negras que abrem e fecham a publicação, ocupando lugar de destaque que acredito ser coerente com a incrível miscigenação racial que há no nosso país.
O racismo diário e invisível
"O susposto cabelo ruim é na verdade uma escultura em potencial". Cabelo bombril: penteado feito com palha de aço é aposta inusitada da Vogue

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Fonte: Exame



Homem coloca fogo em mulher grávida de oito meses em Osasco


Vizinhos disseram que ela era vítima constante das agressões do marido; ele foi preso.

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Um homem colocou fogo na própria mulher, grávida de oito meses, na manhã desta terça-feira (19), em Osasco, na Grande São Paulo. A dona de casa, de 29 anos, estava dormindo quando foi atacada. O vendedor ambulante jogou álcool nas costas dela e colocou fogo.
Os vizinhos falaram que a mulher era vítima constante das agressões do marido, de 27 anos. A vítima sofreu queimaduras em 70% do corpo. O estado de saúde dela inspira cuidados.
O homem foi preso em flagrante por tentativa de homicídio. O caso foi registrado no 6º Distrito Policial de Osasco.
 
Fonte: R7 

21 de março - Dia internacional pela eliminação da discriminação racial


Núcleo IFARADÁ promove evento no Dia Internacional da Igualdade Racial


O Núcleo IFARADÁ promove hoje, dia 21 de março, duas mesas redondas e uma atividade cultural em alusão ao Dia Internacional da Igualdade Racial.

A primeira mesa redonda tem início às 10 horas, com debate sobre o patrimônio imaterial e propriedade intelectual de comunidades quilombolas, e conta com a presença das Professoras Maria Sueli Rodrigues de Sousa (Departamento de Ciências Jurídicas/UFPI) e Rebeca Hennemann Vergara de Souza ( UESPI/Campo Maior).
A segunda mesa, às 16 horas, conta com duas comunicações, uma versando sobre lusofonia e igualdade racial, e outra sobre francofonia e igualdade racial, ambas proferidas por Professores do Departameto de Letras/UFPI. Em seguida, às 18 horas, as comemorações pelo Dia Internacional da Igualdade Racial serão prosseguidas com uma atividade cultural na Praça de Filosofia, realizada pela equipe da Atividade de Extensão Clube do Vinil e o coletivo de poesia Extintor de Palavras.
As atividades se encerram com uma edição especial do Programa Clube do Vinil dedicada à obra de Bob Marley and The Wailers, a ser transmitida pela FM Universirária (96,7) e pelo sítio www.alcionecorrea.com  às 21 horas. 
Confira o Folder do Evento.