quinta-feira, 18 de abril de 2013

Grupos protestam em Teresina contra Marcos Feliciano nos Direitos Humanos


Humberto Coelho
Leticia Campos
(17/04/2013, às 17:19:17)
Um beijaço no centro de Teresina, na Avenida Frei Serafim com a rua Coelho de Resende, marcou o protesto de setores do movimento popular e partidos políticos contra a permanência do deputado Marcos Feliciano/PSC, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
O protesto teve inicio com uma concentração na Praça da Liberdade, no centro, feita uma marcha pela Avenida Frei Serafim até o cruzamento da rua Coelho de Resende, onde aconteceu o beijaço e em seguida retornaram à Praça da Liberdade onde aconteceu um show cultural.
A coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana, disse que a presença de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos é como “colocar raposa pra cuida de galinhas”. Ele não sabe separar suas convicções religiosas do trabalho da Comissão, diz Marinalva.
Letícia Campos do Movimento Mulheres em Luta disse que Feliciano tem que sair da Comissão de Direitos Humanos e lá seja realizada uma eleição democrática.  “Feliciano não pode ficar no cargo porque já demonstrou quem ele é através de suas declarações racistas, homofóbicas e antifeministas” diz Leticia.
No dia 24 de abril vai acontecer a manifestação nacional em defesa dos direitos em Brasilia e lá este tema será uma das pautas, garantiu a coordenadora do Mulheres em Luta.
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'Comentou do meu cabelo, que parecia que tinha levado um susto', diz Ganhadora de prêmio do Faustão



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cantora Michele Mara, de 32 anos, afirmou ter sido alvo de comentários racistas feitos por funcionários do Supermercado Condor, em Curitiba. Michele contou ao G1 que foi ao local para fazer compras e, ao entrar no estacionamento do mercado, um grupo de funcionários que estava no intervalo fez piadas em relação à aparência e ao cabelo dela.
Comentou da minha aparência e depois do meu cabelo, que parecia que tinha levado um susto”, contou. De acordo com Michele, apenas uma pessoa fez o comentário, mas todo o grupo ficou rindo. Logo após o ocorrido, uma funcionária que estava perto abordou a cantora dizendo não concordar com a situação e que se Michele fosse reclamar, poderia ser testemunha e confirmar a história. “A funcionária disse que sempre fazem isso, que sempre acontece piadinha”.  O caso aconteceu no sábado (13), na unidade da Rua Nilo Peçanha, no Centro Cívico.
Michele foi eleita a “Maior Imitadora da América Latina”, concurso promovido pelo programa “Domingão do Faustão”, em 2011. Ela venceu a competição como cover da cantora norte-americana de soul Aretha Franklin. Michele é vocalista da banda curitibana “Big Wilson Soul Band”.
Depois do ocorrido, a cantora procurou o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do supermercado para fazer uma declaração sobre a situação. “Falei com a pessoa do SAC. Depois de falar com um, com outro, fiz a declaração do que aconteceu e pedi para uma funcionária assinar, mas ela não quis por medo de perder o emprego. Quase uma hora depois, um homem, que acho que era o gerente, assinou. Fui direto fazer o boletim de ocorrência em uma delegacia no Centro”, relatou.
A cantora já entrou em contato com uma advogada, que está cuidando do caso. Michele contou que, ainda no sábado, enviou um e-mail para o Serviço de Atendimento ao Cliente do estabelecimento comercial. Ela recebeu a resposta na segunda-feira (15), com a informação de que as providências serão tomadas, que os envolvidos já haviam sido identificados e que a pessoa responsávbel pelos comentários foi demitida.
“Querem conversar comigo para esclarecer”. Um encontro deve acontecer na segunda-feira (22), segundo a cantora. Michele afirmou que a ideia, por enquanto, é processar o supermercado. Porém, ela e a advogada estão esperando essa conversa para, então, tomar uma decisão.
“A gente passa por situações assim o tempo todo. Desde apertarem a campainha da minha casa e pedirem para falar com a dona da casa até pedirem para subir pelo elevador de serviço. As pessoas fazem piadas em relação à cor da pele, ao cabelo. Agora foi a gota d’água. Gordinhos e pessoas fora do padrão também passam por isso. Fiquei muito triste. Estou muito chateada”, desabafou a curitibana.
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Ela espera que essa história sirva de exemplo para que outras pessoas tenham coragem de falar e reivindicar os direitos. “Ficam coagidos pela vergonha, pela humilhação. Não sabem a quem recorrer”, analisou. Michele disse que algumas pessoas estão lhe apoiando, mas que outras estão criticando. “Rede social foi minha grande aliada. Minha família também”.
No sábado, ela postou o relato do ocorrido no Facebook. Até agora, o post teve mais de 500 comentários e quase 300 compartilhamentos. “As pessoas estão comentando e compartilhando”.
Em nota, o Supermercado Condor afirmou lamentar o ocorrido e que retornou contato com Michele assim que soube da situação. O Condor também informou que a diretoria do supermercado irá receber a cantora na próxima semana e que todas as providências cabíveis foram tomadas.
Veja a nota na íntegra:
"O Condor lamenta profundamente o ocorrido em relação à cantora Michele Mara e destaca que assim que teve conhecimento do caso retornou de imediato à cliente e tomou todas as providências cabíveis. Na semana que vem a diretoria do Condor receberá a Sra. Michele na sede da empresa. O caso trata-se de um fato isolado e o Condor não compactua com qualquer atitude que possa causar mal-estar às pessoas. A rede reafirma seu compromisso com o respeito às pessoas e com a melhoria contínua do atendimento aos seus clientes."

Piauienses fazem ato contra Marco Feliciano na Frei Serafim


Movimentos sociais do Piauí realizaram nesta quarta-feira (17/04) um protesto contra a permanência do pastor Marco Feliciano (PSC) na presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.
Teresina adere a onda de protestos realizados em todo país para que o pastor saia do comando da pasta. Manifestantes se concentraram na praça da Liberdade, centro de Teresina e realizaram o movimento "#ForaFeliciano". A seguir caminharam pela avenida Frei Serafim (à contra-gosto dos motoristas pois pararam o trânsito), seguindo com atividades culturais e "beijaço gay".
Letícia Campos, líder do movimento "Mulheres em luta" comentou que aderiu ao movimento para, assim como outras entidades, a fim de protestar as declarações polêmicas do líder da comissão de direitos humanos. "Ele foi indicado, quando deveria ser eleito e isso não é correto. Não é por ele ser pastor o protesto, e sim isso, deve haver democracia", comenta a líder. 
Líder do grupo Matizes, Marinalva, aproveita para protestar politicamente, exigindo do governo Dilma uma postura de defesa aos direitos humanos. Tanto que ela levou o cartaz com a frase "Governo Dilma, sai do armário!".
A coordenadora da Anel (Associação Nacional dos Estudantes Livres) Veronica Viana, também comenta que Teresina participa do movimento para que as minorias locais consigam também visibilidade. Ela também questiona o fato do deputado Feliciano não ter histórico em lutas sociais.