quinta-feira, 30 de agosto de 2012




A Petrobrás lançou uma seleção pública de apoio financeiro a projetos culturais, e algumas das modalidades permitem o envio de propostas por organizações da sociedade civil.



Os editais da linha de "Preservação e Memória" - Apoio a museus, arquivos e bibliotecas; Memória das Artes; e Patrimônio Imaterial - possibilitam que entidades sem fins lucrativos enviem propostas dentro do escopo dos regulamentos apresentados.

O valor máximo do financiamento varia de 400 mil a 700 mil reais, dependendo do edital, para projetos com duração de até dois anos.

Todas as informações sobre essa oportunidade da empresa podem ser encontradas diretamente na página da Petrobrás, no link http://ppc.petrobras.com.br/regulamentos/.

Financiamento da ONU para projetos indígenas
O Fórum Permanente para Assuntos Indígenas (UNPFII) da Organização das Nações Unidas(ONU) publicou novo edital do seu Fundo para Pequenos Financiamentos para apoiar organizações indígenas com recursos de 10 mil dólares (cerca de vinte mil reais) e projetos de até um ano de duração.

Será dada prioridade a projetos nas áreas de saúde e educação e que se relacionem com a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

O prazo para envio das propostas é dia 01 de outubro, e elas podem ser escritas em inglês, francês, russo ou espanhol. As orientações para envio das propostas também estão em um desses quatro idiomas. Cada organização pode apresentar apenas um projeto.

Todas as informações sobre essa oportunidade, inclusive os formulários para envio das proposta, estão nesta página http://social.un.org/index/IndigenousPeoples/TrustFund/2013.aspx.

Ministério da Cultura publica edital para acesso a recursos do Fundo Nacional de Cultura
 O Ministério da Cultura, do Governo Federal, publicou no último dia 10 edital do Fundo Nacional de Cultura, que disponibilizará, via convênio, um total de 10 milhões e 500 mil reais para projetos culturais. Podem enviar propostas órgãos da administração pública e organizações da sociedade civil com pleo menos três anos de atividade comprovada.

Os projetos não poderão ter mais de dois anos e deverão se enquadrar em uma das cinco categorias do edital:

Projetos que fomentem ou desenvolvam atividades voltadas para o processo de criação, formação, promoção, difusão, produção, divulgação e circulação, fruição de bens, serviços e expressões artísticas e culturais brasileiras.
Projetos que fortaleçam espaços, redes e circuitos culturais, considerando os seguintes eixos: a) Cultura e Diversidade; b) Cultura e Cidadania; c) Comunicação e Cidadania; d) Gestão de Redes; e) Redes Criativas e Colaborativas; e f) Redes de Cooperação e Sistemas Locais de Inovação.
Projetos que visam implantar, ampliar, modernizar e recuperar espaços culturais de acesso público, por meio de construção, reforma, aquisição de equipamentos e material permanente.
Projetos que visam preservar, identificar, proteger, valorizar e promover o patrimônio cultural brasileiro, fortalecendo identidades e criando condições para sua sustentabilidade.
Projetos voltados ao fomento de atividades, difusão de conteúdos e estímulo à inovação audiovisual.
É requerida também, de quem envia proposta, uma contrapartida de pelo menos 20% do orçamento do projeto.

O prazo para envio de propostas é 24 de setembro e todas as informações sobre essa oportunidade, inclusive o edital completo, podem ser encontrados na página http://www.cultura.gov.br/site/2012/08/10/processo-seletivo-de-apoio-a-projetos-do-fnc/


Financiamento para projetos de liberdade na internet

A instituição septugenária Freedom House está recebendo propostas enviadas por organizações da sociedade civil para financiar projetos que promovam, protejam e defendam a liberdade de internet em países no mundo. Quatro propostas serão escolhidas para participar da final em Baku, no Azerbaidjão, em novembro deste ano.

O financiamento será de até quinze mil dólares para as duas propostas vencedoras escolhidas em Baku, para projetos com até 8 meses de duração.

O prazo para envio dos projetos, em inglês, se encerra dia 1 de setembro, e a página na internet com todas as informações é http://www.internetfreedomfh.strutta.com/#box-requirements.

Representação da FCP em Salvador festeja os 24 anos da instituição

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ONU Mulheres divulga convocatória para o Grupo Nacional Assessor da Sociedade Civil (Brasil)

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ONU Mulheres divulga convocatória para o Grupo Nacional Assessor da Sociedade Civil (Brasil)

Brasília, 17 de julho de 2012 — O Escritório da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, seguindo a Resolução nº 64/289 da Assembleia Geral e o Plano Estratégico da ONU Mulheres 2012‐2013, convida organizações e redes da sociedade civil brasileira a apresentar candidaturas para o Grupo Nacional Assessor da Sociedade Civil (Brasil) para o período Nov/ 2012 – Out/ 2014.

A candidatura deve ser feita com base nos critérios descritos no Termo de Referência. As organizações e redes interessadas em propor uma candidatura deverão enviar um formulário devidamente assinado, acompanhado do currículo da pessoa nomeada, para o seguinte correio eletrônico: onumulheres.conesul@unwomen.org

 O prazo para apresentação de candidaturas termina no dia 10 de agosto de 2012.

De acordo com consultas anteriores, mantidas com organizações e redes da sociedade civil do Brasil e da América Latina e Caribe, a seleção de integrantes do Grupo Nacional Assessor da Sociedade Civil (Brasil) será feita por um Comitê de Seleção, formado por 1 integrante da sociedade civil, 1 representante do Governo e 1 representante da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul.

O resultado da seleção do Grupo Nacional Assessor da Sociedade Civil (Brasil) será anunciado até 31 de agosto de 2012.



Assessoria de Comunicação
Gisele Netto
gisele.netto@unwomen.org
+55 61 3038-9287
+55 61 8175-6315

A ONU Mulheres é a Entidades das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres. A ONU Mulheres foi criada para acelerar o progresso e o atendimento das demandas das mulheres e meninas em todo o mundo. Para mais informações, acesse: www.unifem.org.br



Palmares e ABC lançam Edital de apoio a projetos de cooperação técnica internacional









Palmares e ABC lançam Edital de apoio a projetos de cooperação técnica internacional
Organizações da sociedade civil e órgãos de governo já podem encaminhar propostas de projetos de cooperação técnica internacional na área da economia criativa voltada à cultura africana e afrodescendente, para apoio no âmbito do Edital Conexão Brasil-África.
Todas as informações sobre o Edital e notícias relacionadas podem ser acessadas no endereço www.palmares.gov.br/conexaobrasilafrica. As propostas não deverão ultrapassar o montante de 200 mil dólares estadunidenses, para o período de 1 ano, podendo ser prorrogadas por mais 1 ano.
Os projetos deverão ter como foco principal o intercâmbio de experiências entre indústrias criativas do audiovisual e multimídia, gestão do patrimônio cultural, desenvolvimento local, segurança alimentar e práticas culturais tradicionais, intercâmbio musicológico e museológico, turismo cultural e formação profissional. 
O Edital Conexão Brasil-África foi lançado durante a cerimônia de assinatura do Protocolo de Intenções e Programa de Parcerias com a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, no dia 18 de julho. Na ocasião, o assessor internacional da Fundação Cultural Palmares, Daniel Brasil, frisou que a base do edital é a cooperação técnica.  “Poderemos capacitar técnicos zimbabuenses para fazer o carnaval do seu país, mas o Edital não poderá financiar o carnaval Zimbábue”, esclareceu.
O Edital é um instrumento pioneiro no Brasil e no mundo no apoio à interlocução, particularmente da sociedade civil brasileira com a africana e afrodescendente. O resultado principal dessa iniciativa é o apoio à construção de capacidades de agentes culturais africanos e latino-americanos, a partir da experiência brasileira na execução de ações voltadas para a economia criativa com base na cultura africana e afrodescendente e na construção de políticas públicas para o apoio e desenvolvimento do tema.


Turismo cultural, tráfico negreiro e escravidão.
Desde seu lançamento em 1994, o projeto “A Rota do Escravo” tem implementado um programa multidisciplinar sobre o tráfico negreiro transatlântico que marcou as relações entre a África, a Europa e as Américas.
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Palmares e Rio+20
No dia 16 de junho de 2012, a Fundação Cultural Palmares promoveu, entre as atividades do Ministério da Cultura durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
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Agenda Internacional

Seminário internacional “Herança, identidade, educação e cultura: gestão dos sítios e lugares de memória ligados ao tráfico negreiro e à escravidão”, Brasília, 20 a 23 de agosto de 2012, com link para site do evento.

Exposição Expressões Africanas, de 27 de agosto a 6 de setembro,Salão Negro do Ministério da Justiça.

Nelson Mandela Day, 7 de agosto de 2012, 10h00, Auditório do Bloco Central da Universidade Católica de Brasilia (Campus I – QS 7 Lote 1 EPCT, Águas Claras – Taguatinga)

Estão abertas até 05 de agosto as inscrições para o Edital Consultor UNESCO - Guia Metodológico e Conteúdos Pedagógicos. Acesse aqui

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Contatos: Assessoria Internacional - internacional@palmares.gov.br
Assessoria de Comunicação - ascom@palmares.gov.br

Revista Lua Nova traz dossiê Questão Racial no Brasil


Leia: revista Lua Nova traz dossiê Questão Racial no Brasil
A edição nº 85 da revista Lua Nova, uma publicação do Cedec - Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (um centro de pesquisa e reflexão na área de Ciências Humanas, associado da Abong) apresenta um dossiê sobre a questão racial no Brasil, composto por seis artigos.



Tratando de um dos temas mais importantes na sociedade brasileira, a revista traz artigos diferentes questões, tais como o percurso dos movimentos negros no Brasil, suas estratégias e as vivências da situação racial, de modo que a variedade dos enfoques é ampla e fornece elementos importantes para quem estuda e atua com a questão racial.



Acesse aqui a revista. http://www.cedec.org.br/files_pdf/luanova/LN-85.pdf



Abong




N.N
As novas decisões praticar.....


MACHA A FAVOR DO PARTO HUMANIZADO


Principais agressores de homossexuais são da própria família


Principais agressores de homossexuais são da própria família

Estudo analisou quase sete mil denúncias de violência física e psicológica. Os casos foram registrados principalmente pelo Disque 100, um serviço de denúncias contra violações dos direitos humanos.




Uma pesquisa sobre homofobia no Brasil revela: os principais agressores dos homossexuais são da própria família. O Fantástico abriu uma linha especial pra ouvir essas histórias.

"Violência física, discriminação, humilhação e ameaça. Meus dois irmãos também não aceitam, não falam comigo. Eles falam que eu tenho uma doença".

O relato é de um jovem que tem medo e prefere não mostrar o rosto. Ele descreve o tipo mais comum de agressões a homossexuais no Brasil. Segundo um relatório pioneiro da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, os principais agressores são da própria família.

"É como se eu morasse em casa, mas fosse um estranho. Eu me sinto um estranho hoje. Eu não me sinto um membro da família", diz.

A amostra é grande: o estudo analisou quase sete mil denúncias de violência física e psicológica. Os casos foram registrados principalmente pelo Disque 100, um serviço de denúncias contra violações dos direitos humanos.

"Justamente para que no momento em que a pessoa faz a denúncia, ela seja recebida com todo o respeito e exista uma investigação. Nós identificamos também que as circunstâncias de impunidade também no caso dos crimes de caráter homofóbico contribuem para a continuidade dessa violência", diz a ministra da Secretaria de Direitos Humanos Maria do Rosário.

A maior parte das agressões aconteceu dentro de casa. E mais: são as mães quem mais agridem os filhos por serem gays. A professora universitária Edith Modesto sabe há 20 anos que seu caçula é homossexual. E há 15 comanda uma instituição para reaproximar pais e mães de seus filhos gays.

"Para uma mãe é muito difícil. Falou homossexual hoje em dia a maioria das pessoas já aceita, como filho do vizinho. Mas filho da própria pessoa ainda é difícil", diz Edith Modesto, presidente do Grupo de Pais de Homossexuais.

Ela diz que muitos filhos têm medo de como os pais vão reagir. "Uma vez, um deles me falou e eu nunca mais me esqueci. Ele falou 'Edith, para o meu maior amigo eu já contei, porque se eu perder o meu amigo, eu posso arrumar outro. Mas se a mãe não me quiser mais, como eu vou fazer?'", conta Edith.

Para Felipe, que trabalha no grupo como voluntário, o mais difícil foi contar para a mãe. "Eu tinha medo de falar, mas 'eu acho que ela vai agir diferente, acho que não vai ser assim'", conta o estudante Felipe Santos Mário.

Mas foi. "Tivemos um desentendimento, ela me bateu e aí dois dias ou um dia depois eu saí de casa. Ela falou: 'olha, eu não quero mais você aqui porque não dá, você não muda e eu não aceito. Meu filho pra mim morreu quando você falou que era homossexual'", lembra Felipe.

O Fantástico abriu um canal exclusivo para ouvir histórias de homofobia. Foram 50 relatos em apenas 24 horas. São casos de humilhações, ameaças e agressões contra filhos, netos e irmãos.

"Durante três ou quatro anos foram violências constantes. Surras, meu pai me jogava no chão e batia com os dois pés em cima de mim. Meu pai falava que ia orar para Deus para Deus me matar, para Deus me levar porque ele não queria ter filho homossexual", relata um homossexual.

"Ele chegou em casa e começou a me agredir. Disse que eu pagarei tudo que eu faço, ele me ameaçou, ele disse que eu morrerei de câncer pelas coisas que faço", diz outra.

A violência não é sempre física. Mas o sofrimento é indisfarçável. "Eu vejo meus primos crescendo, meus primos levando as suas respectivas namoradas para um encontro de família e eu não poder levar a minha. Isso é muito triste para mim porque é uma discriminação na minha família", reclama mais uma.

A jovem que gravou esse depoimento também não quis mostrar o rosto. "Eu queria ter amigos na minha casa, é uma coisa que eu não tenho. Eu convivo com os meus avós desde que eu nasci e hoje, depois que eles descobriram que eu sou homossexual, não existe mais paz na minha casa, não existe mais diálogo. Eu vivo com dois estranhos. Eu não escolhi ser assim, eu simplesmente sou assim. A única coisa que eu queria pedir para eles é que eles me respeitassem".
Rede Globo




N.N
As novas decisões praticar.....


PARA A GLOBO SÓ 
CRIANÇA BRANCA CRESCE
Não, a Globo não é racista !

O amigo navegante Walter Ferreira recomendou um importante questionamento da blogueira Ericka Guimarães: porque a revista Crescer, da Editora Globo, não coloca crianças negras na capa?
A CRESCER E SUAS CRIANÇAS BRANCAS
Mãe não é só quem põe no mundo, é quem cria, quem brinca, quem canta, quem paga pelo Netflix e vê mais a Galinha Pintadinha e a Dora do que os próprios filmes e seriados, que tira onda com as descobertas do filhote e também quem entende nada do assunto e tenta aprender um pouquinho sobre esse universo nas revistas.

E foi assim que eu abri a revista Crescer pela primeira vez. Com curiosidade de mãe, de jornalista e de revisteira. Eis que lá pelo 3º mês de acompanhamento eu me perguntei: isso é revista de europeu? cadê as crianças negras? Achei que era implicância minha, então fui atrás das capas. Separei as de junho de 2011 até junho de 2012 (estão fora de ordem cronológica, o que não vai afetar a análise). Acompanhem-me:










Para ver todas as imagens, clique aqui
E aí que eu me senti bastante incomodada com isso de só ter crianças brancas na capa de revista em um ano inteiro. Mandei um email bem civilizado pra eles no início junho, assim que comprei a revista do mês.

Olá, bom dia!
Acompanho a revista Crescer há um ano e desde a edição de julho do ano passado percebi que vocês não colocaram nenhuma criança negra, parda ou com traços asiáticos, ou mesmo crianças brancas com cabelos crespos na capa. Entrando no site percebi, ainda, que pelo menos, desde outubro de 2010 só há crianças brancas (e a maioria de olhos claros!). Talvez seja uma situação que acontece há muito mais tempo, mas o site dá erro nas páginas anteriores a essa data. Há alguma restrição editorial sobre isso? Como mãe e jornalista fico bastante incomodada com essa situação. Gostaria de deixar bem claro que não tenho preconceitos com crianças brancas e/ou dos olhos azuis, mas creio que uma revista deve reproduzir características e comportamentos do país em que ela circula. As crianças mostradas nas capas são maioria na publicação, mas não no Brasil. Numa época em que a gente ensina os nossos filhos que eles não devem julgar pessoas pela cor da pele, vocês simplesmente ignoram que no Brasil existem crianças de várias “cores” e que todas elas são igualmente lindas para ser capa da Crescer. Cadê a diversidade?

Aguardo resposta.
Atenciosamente,
Ericka Guimarães
A resposta da revista está abaixo:
A CRESCER E SUAS CRIANÇAS BRANCAS – PARTE II

Primeiramente, gostaria de agradecer tooodo mundo que leu o post anterior, que curtiu, que comentou, que compartilhou e que deu aquele RT maroto para os seus coleguinhas. Fico muito feliz em saber que muita gente se incomodou com a postura de Crescer em só colocar crianças brancas nas capas de suas publicações. Quem pegou o bonde andando pode ler o primeiro post.

Pois bem, eis que a Crescer me (nos) ouviu e respondeu o meu email:


Ericka,
tudo bem? Vimos seu post no seu blog, que acompanhamos.
Primeiro gostaríamos de pedir desculpas por tê-la deixado sem resposta, ainda não conseguimos localizar seu e-mail aqui para saber o que aconteceu, já que costumamos sempre falar com nossos leitores.
De fato, faz algum tempo que não temos capas com crianças negras, mas costumamos fazer muitas fotos com crianças de todas as raças em nossas reportagens, como você pode ver em todas as edições da Crescer.
Esperamos continuar tendo você como leitora.
Obrigada,
Daniela

Essa foi a minha resposta:

Olá, Daniela.

Infelizmente a sua resposta foi muito pequena e vaga diante do meu questionamento. Em quase dois anos vocês não colocaram crianças negras na capa da publicação de vocês. Isso não é normal! E já que você falou que vocês colocam crianças de todas as raças nas imagens das reportagens, eu resolvi conferir e contar. Peguei como exemplo a edição de julho de 2012 e olha só (não entraram na contagem as fotos de depoimentos pessoais dos leitores e publicidade):

Crescer – Julho 2012

1 criança negra (acompanhada de 1 adulto negro)
35 crianças brancas
(exceção: reportagem sobre o novo programa do Marcelo Tas, com 11 crianças, sendo 2 negras e talvez uma crianças com traços asiáticos)
Total: 3 crianças negras e 43 crianças brancas e um possível descendente de asiáticos.
(talvez em tenha contado alguma crianças mais de uma vez, mas deu pra ter uma idéia do que eu quis dizer)

Daniela, esse texto tomou uma proporção que nem eu imaginava.
De acordo com a contagem do Blogger, foram, até agora, 344 visualizações, além das várias curtidas e compartilhadas via Facebook. Sugiro que você dê uma olhada nos comentários do post. Você vai ver que a sua resposta nada esclarece. (atualização da madrugada: passou das 1600!)

A Crescer é um veículo de comunicação respeitado entre as mães e não pode fingir que essa ausência é mera obra do acaso. Vocês estão moldando as leitoras, inconscientemente, a pensar que os filhos delas só serão bonitos o suficiente para aparecer na capa da publicação se forem brancos de olho claro. E eu já vi esse tipo de comentário no próprio site da revista, uma mãe estava questionando o que ela deveria fazer para que a filha dela fosse capa da revista e ela escreve: Como faço para minha filha ser capa da Crescer? Ela tem pele clara… (e o resto eu não me lembro). Esse é o critério de seleção? Não deveria!

O que já aconteceu, ou o que já foi publicado, não pode ser mudado. Mas é sempre tempo de se mudar de postura. E quanto a mim, vão precisar se esforçar um pouco mais para me fazer comprar a revista novamente.

É isso, gente. Pode parecer pouca coisa, mas eu realmente quero viver num mundo em que as pessoas (e crianças!) não sejam julgadas como superiores ou inferiores, como bonitas ou feias, baseadas na cor da pele. Na verdade esse julgamento não deveria existir, já que ninguém é melhor que ninguém e beleza é questão de gosto. Enfim, eu quero que a diversidade seja respeitada.

Em tempo: este post é uma singela homenagem a Ali Khamel: não, a Globo não é racista !

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Tags: discriminação, estereótipo, preconceito, racismo

Ministra Luiza Bairros analisa situação do mercado de trabalho para mulheres negras no Brasil